terça-feira, 21 de outubro de 2008

E a dor que mais dói...


A dor que mais dói não é a da abandono. Não é a da saudade. Não é a sequer a do amor não correspondido. A dor que mais dói, que mais cala no peito é a da indiferença.

O que fazer quando alguém não se importa definitivamente com você? Que palavras usar para demover um coração frio, seco, infértil de amor e saudade? Como lidar com a realidade que se impõe e evidencia que, na verdade, aquele alguém tão caro nunca te viu de verdade?

É difícil demais aceitar que na verdade o carinho, o afeto que você percebia eram apenas criações de sua mente, ansiosa por crer no Amor.

Esta é uma nova receita para se tentar... sim, apenas tentar... esquecer um amor.

Reciprocidade. Amar e se deixar amar com a mesma intensidade. Aprender a aceitar que nem sempre o amor que depositamos nos é devolvido. Na verdade, quase nunca... A solução pode-se pensar seria deixar de amar... Mas...

Não... nunca deixar de amar! Deixar sim de confiar mais nos outros do que em você... de esperar dos outros mais do que eles podem te dar... deixar, enfim, de depositar sua felicidade nas mãos de alguém que não você mesmo.

Sei que isso não faz ninguém esquecer alguém especial, mas salva um pouco de sua auto-estima... porque, afinal, na realidade esse alguém nem era tão especial assim.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Sobre esquecer...



Esquecer: v.t.d. 1) Deixar sair da memória; perder da lembrança. 2)Pôr de lado; desprezar; olvidar.





O que é necessário para se esquecer um grande amor? A definição do dicionário Aurélio não nos é de muita utilidade, visto que racionalmente todos sabemos o que significa esquecer. O problema todo começa ao pôr em prática tal definição. Principalmente quando se refere a um grande amor.
Como não lembrar de um sorriso, um olhar, um beijo? Como desvincular da memória aquela música ouvida a dois, cujo significado era compartilhado com um olhar divertido, cúmplice? Como, se mesmo após anos de separação aquelas palavras ainda calam fundo na alma? Como, se, ainda com o fim declarado e com um novo amor à porta, o antigo ainda permanece hibernando em algum lugar misterioso do coração?
Não sei se há realmente uma receita. Estou tentando desenvolver a fórmula perfeita, mas como sou a minha única cobaia devo dizer que as experiências não têm surtido grande efeito. Continuo presa à Pessoa. Sigo tentando.